terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Petistas deixarão Governo do RJ até sexta, após fim de aliança com PMDB


Reuniões nesta segunda-feira definiram o fim de 7 anos de parceria.
Filiado que não deixar governo pode responder ao conselho de ética do PT.



Carta explica como filiados devem proceder para deixar governo (Foto: Káthia Mello / G1)Carta explica como filiados devem proceder para deixar governo (Foto: Káthia Mello / G1)
Após sete anos de aliança, o PT-RJ e o PMDB-RJ decidiram nesta segunda-feira (27) que os petistas vão deixar o Governo do Rio de Janeiro. Depois de uma reunião à noite, no Centro do Rio, ficou acordado que os políticos do partido têm até sexta-feira (3) para deixarem seus cargos. Segundo o partido do Rio e o prefeito de Maricá, na Região dos Lagos, Washington Quaquá, a separação foi consensual.
Até a mesma data, o governo deve exonerar os secretários Zaqueu Teixeira, da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos, e Carlos Minc, da Secretaria de Ambiente. De férias na Bahia, Minc se manifestou sobre o assunto na internet. Ele disse que não tem apego a cargos e que muda o cargo, mas não a pessoa.
"É incompatível estar no partido pertencendo ao governo. Se isso não for cumprido se pode responder ao código de ética do PT" , disse o presidente do partido.
De acordo com Quaquá, além dos dois secretários do governo, o PT tem cerca de 200 filiados trabalhando na equipe de Sérgio Cabral. Segundo ele, esse número é baseado em um levantamento realizado pelo partido nos últimos 15 dias. "Nós cruzamos dados a partir de 2011, no segundo mandato do governo até agora. Continuamos o trabalho para checar se existem remanescentes do primeiro mandato."
A reunião do diretório estadual do partido ocorrida na tarde desta segunda teve participação de 19 dos 22 integrantes da executiva.
Minc: três anos no cargo
O deputado estadual Carlos Minc assumiu pela segunda vez, em janeiro de 2011, o cargo de secretário de Ambiente. Ele esteve à frente da pasta também em 2007 e 2008, quando saiu para assumir o Ministério do Meio Ambiente do governo Lula.
Até a publicação desta reportagem, o secretário não havia comentado oficialmente a saída do governo. Pela manhã, ele postou um comentário em uma rede social (Twitter). "Não tenho apego a cargos. Muda o cargo não muda a pessoa. Fui ministro de Lula e ia à Lapa de táxi, colete, sem segurança", escreveu. Minc está na Bahia desde sexta-feira (24) para compromissos pessoais.
Zaqueu Teixeira assumiu a secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos em 2012. Ele se filiou ao partido em 2002 e trabalhou na Secretaria Nacional de Segurança Pública. Em 2010, Teixeira foi o quinto deputado estadual mais votado do partido.
G1 entrou em contato com a assessoria do secretário, que informou que ele não iria comentar o caso. De acordo com a assessoria, ele está tranquilo e pronto para reassumir o mandato na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
Pela manhã, o presidente do PT-RJ se reuniu com o governador Sergio Cabral. No encontro, que durou uma hora, ele disse que com o partido lançando candidatura própria ao governo do estado, a presidente Dilma Rousseff passa a contar com quatro palanques para a campanha da sucessão presidencial. "Com saída do PT do governo, a presidente Dilma ganha um grande palanque, o de Lindberg Faria. Ela passa a contar com quatro palanques no estado dos candidatos: Luiz Fernando Pezão (PMDB), Anthony Garotinho (PR), Marcelo Crivella (PRB) e do próprio Lindberg que vai ser o maior, o melhor. Quanto mais palanques melhor. O PT vai usar todo o seu legado do Rio na campanha", disse Quaquá.

Fonte: G1
Káthia MelloDo G1 Rio

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