quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Eduardo Campos cobra da União meta para investimento no SUS

Governador afirmou que Planalto deve estabelecer percentual para a saúde.
'Não vou debater o Brasil nesses termos', disse sobre polêmica com o PT.

Katherine Coutinho Do G1 PE
 
Em clima de campanha, presidente nacional do PSB foi recebido com fogos em Carpina (Foto: Katherine Coutinho / G1) 
Em clima de campanha, presidente nacional do PSB foi
recebido por centenas de pessoas e  fogos na Mata Norte
de Pernambuco (Foto: Katherine Coutinho / G1)
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, fez críticas ao financiamento da saúde por parte do governo federal, nesta quinta-feira (9), durante assinatura da ordem de serviço para o início das obras da Unidade Pernambucana de Atendimento Especializado (UPA-E), no município de Carpina, Zona da Mata Norte do estado. O presidente nacional do PSB defendeu que seja fixada uma porcentagem do orçamento da União para financiar o Sistema Único de Saúde (SUS).

“A União vai ter que colocar mais recursos. Não dá para viver uma situação que, há 20 anos atrás, a União botava 75% [dos recursos gastos no SUS] e hoje coloca 40%. Essa situação precisa ser revertida, dialogada. Da mesma forma que o estado tem que botar 12% de tudo que arrecada em saúde, diz a lei, o munícipio tem que botar 15%, a União não tem parâmetro ainda”, pontuou o governador.

Campos acrescentou que é normal, no Brasil, cuidar primeiro das doenças e esquecer da saúde, o que faz ser esse o principal problema apontado pela população. “É preciso entender porque é o primeiro problema do Brasil [a saúde], é porque a saúde tem hoje um baixo financiamento, muitas vezes a gente cuida mais da doença que da saúde e é mais barato cuidar da saúde do que cuidar da doença. […] Esse trabalho nos implica em investir mais e mais na saúde básica”, defendeu.

O presidente nacional do PSB, que foi recepcionado com fogos e em clima de campanha, fez questão de lembrar os ensinamentos do avô, Miguel Arraes, a quem creditou o caminhar político. “Às vezes, dizia meu avô, você sempre encontra as pessoas querendo ser alguma coisa, mas dificilmente sabem dizer para que serve ser. Eu aprendi a só querer as coisas que eu sei ser, que é para servir, construir”, disse.

Mantendo o discurso, o governador afirmou ainda que “o talento é importante na política, mas a disciplina, a capacidade de formar equipe, aqueles que lhe acompanham, aqueles que têm a capacidade de transformar a conversa em obra, ação, não é todo mundo que sabe fazer. E a gente sabe que não é toda universidade que ensina fazer isso, é preciso ter o compromisso, o gosto por fazer, ter a paixão”.

PSB X PT
Após o discurso de quase meia hora, Campos falou rapidamente com a imprensa e fez questão de ressaltar que não vai mais comentar o texto postado na página do Partido dos Trabalhadores (PT), esta semana, que o chama de ‘tolo’ e ‘playboy mimado’. “Sobre esse assunto eu já falei desde ontem [quarta], o que falei está no Facebook e não vou ficar debatendo o Brasil nesses termos”, finalizou.
Fonte: G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário