terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Eduardo Campos quer porcentagem do Orçamento para acabar com o subfinanciamento do SUS


O governador Eduardo Campos (PE) fez críticas ao financiamento da saúde e cobrou do governo federal a definição de uma porcentagem do Orçamento da União para financiar o Sistema Único de Saúde (SUS).
"A União vai ter que colocar mais recursos. Não dá para viver uma situação que, há 20 anos atrás, a União botava 75% [dos recursos gastos no SUS] e hoje coloca 40%. Essa situação precisa ser revertida, dialogada. Da mesma forma que o estado tem que botar 12% de tudo que arrecada em saúde, diz a lei, o município tem que botar 15%, a União não tem parâmetro ainda", observou.
Ele frisou que, devido à falta de investimento adequado, esse é o principal problema apontado pela população. "É preciso entender porque é o primeiro problema do Brasil [a saúde], é porque a saúde tem hoje um baixo financiamento, muitas vezes a gente cuida mais da doença que da saúde e é mais barato cuidar da saúde do que cuidar da doença. […] Esse trabalho nos implica em investir mais e mais na saúde básica", defendeu, criticando a redução do repasse do governo federal no SUS em 46%
As declarações ocorreram na quinta-feira (9), durante assinatura da ordem de serviço para o início das obras da Unidade Pernambucana de Atendimento Especializado (UPA-E), no município de Carpina, Zona da Mata Norte do estado.
Campos fez questão de lembrar os ensinamentos do avô, Miguel Arraes: "Às vezes, dizia meu avô, você sempre encontra as pessoas querendo ser alguma coisa, mas dificilmente sabem dizer para que serve ser. Eu aprendi a só querer as coisas que eu sei ser, que é para servir, construir", disse.
Na segunda-feira (13), o governador Eduardo Campos afirmou que as alianças eleitorais em 2014 nos estados serão formadas, buscando sempre preservar o projeto nacional. "A nossa prioridade é o debate nacional", disse. "Onde der para ir todo mundo junto, vamos todos juntos. Onde for impossível, a gente vai, preservando o projeto nacional, cada partido com sua identidade fazendo suas alianças", ponderou, após evento no qual anunciou o calendário de pagamento dos servidores estaduais.
Campos também minimizou especulações em torno de discordâncias com a Rede nas decisões estaduais. "Já tem mais de 20 estados que não têm posição diferente entre PSB e Rede, mas não necessariamente está resolvido. Aqui [em Pernambuco], por exemplo, não há desentendimento, mas não tem decisão tomada [...] Eu não conversei com ninguém, porque ainda não é tempo de conversar, é hora de cuidar da gestão", declarou.


"Não tem vento bom para aqueles que têm preguiça de trabalhar, para aqueles que cuidam mais da futrica política do que da vida do povo", disse, na sexta (10), em evento no município de Escada, na Mata Sul. "Ninguém nunca me viu aqui, na rua de Escada, na rua de Palmares, ou na televisão, falando mal de quem quer que seja [...] O povo não quer ver briga, baixaria, o povo quer ver realização", completou.
Fonte: Hora do povo

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